Homenagem in memória a João Bosco Mendes (João Caveira) do Flor da Pele

Em homenagem a um grande amigo que nos deixou, em virtude de um acidente automobilístico, deixo seu nome eternizado no meu gabinete, agradeço a toda família por autorizar este reconhecimento de um amigo que era um homem de caráter e um pai exemplar.

Trago um pouco de sua história de vida e sei que ao lado do Pai celestial ele está protegendo a todos nós.

JOÃO BOSCO MENDES DE SOUSA (João Caveira) Nasceu em Patos – PB em 31 de outubro de 1962, filho de Antônio Pereira de Sousa (in memória) e Ana Mendes de Sousa. Era o quarto filho do casal numa prole de sete filhos, Raimundo Nonato, Maria do Socorro, Maria de Fátima, José do Egito, Francisco de Assis e Ana Raelma. Era casado com Socorro Leite Benicio e dessa união teve 02 filhos, Antônio Neto e Gabrielly, Foi uma criança irrequieta, curiosa, muito inteligente e sempre viveu cercado de amigos, por ser extremamente magro, foi apelidado pelos amigos de infância de “João Caveira”.

Sempre residiu no Santo Antônio, estudou o Primário nas Escolas: Cônego Machado, Alexandrino Rodrigues de Oliveira, Instituto Dr. João Tavares. Posteriormente estudou no Colégio Estadual Pedro Aleixo, na Escola Estadual Cap. Manoel Gomes, retornando ao CEPA para cursar o 2º grau. Começou a trabalhar muito jovem, inicialmente como ajudante de mecânico com José Martins da fabrica de mola, depois enrolando cadeira de ferro com Jailton Morais, porém sempre demonstrou interesse por som.

Na década de 80, começou a trabalhar com Patrisson (Nego Deda) iniciando sua vida de mesário (sonoplasta) na Discoteca do SESI, na Av. Rio Branco, ao lado dos amigos Osvaldo Meira (in memoria), Rênio de Patrisson, e Luciano Marinho, em seguida passou a trabalhar no Ceará, nas cidades de Iguatu, Icó, Crato, Juazeiro do Norte e outras cidades do cariri cearense. 1989 voltou a trabalhar em Patos na Banda Som Livre com o seu grande amigo José Carlos (In memória), que posteriormente deu origem a Banda Flor da Pele.

Trabalhou em várias Bandas como Elvandro e Banda Styllus de 1993 a 1996 logo depois, 1996 a 1997 passou a trabalhar em João Pessoa na Banda Max, retornando para Patos para a Flor da Pele. Sempre que possível prestava serviços a outras bandas da nossa cidade como: Normando Som, Elcio e Banda Forroteria, Telengo-Tengo, Frajola e entre outras bandas.

João tinha um grande ciclo de amizade no meio de sua profissão. Recebeu proposta de varias banda do nordeste, porém dizia que não queria sair para trabalhar fora de Patos, para não ficar longe da família e também paralelo a sua profissão de técnico de som tinha outras atividades.

No meio artístico colocou som para vários cantores do cenário nacional (Fagner, Belchior, Ednardo, Vicente Nery, Reginaldo Rossi, Adonis, Aviões do Forró, Banda Calypso e outros), mas tinha um sonho de dedica-se ao seu próprio Som.

João era um filho exemplar, um chefe de família dedicado. Viveu intensamente, uma pessoa extrovertida, amiga, honesto, fiel aos seus princípios religiosos e extremamente humano, sempre lutava pelos colegas que trabalhava com ele nas bandas onde passou um exemplo de funcionário dedicado a sua profissão. Suas grandes paixões eram: A família, a sua profissão, e o Nacional.

Faleceu em 23/02/2012, vítima de um acidente automobilístico na Serra de Teixeira, quando voltava da temporada do carnaval no Maranhão. Esta que seria sua última viagem como Técnico da Banda Flor da Pele.